hello England

Fazem 4 dias que eu estou aqui na Inglaterra e até então não havia postado nada nesse blog. Sinceramente, nunca fui muito de blogs pois não é sempre que eu me sinto inspirado para escrever e eu sei que não sou obrigado a postar coisa alguma. Mas se eu não manter uma regularidade, eu acabarei largando o blog de mão. Eu me conheço.
Indo direto ao assunto: a Inglaterra é um país maravilhoso, de verdade. Uma pena eu não ter vindo para cá antes, ou ter me preparado melhor para vir. Vale o esforço, o investimento, o que for. a questão é que por mais realista que eu estava antes de viajar, eu não esperava que as dificuldades seriam tão, digamos... cruéis. Tem momentos do dia que eu me pergunto "what the hell are you doing here??" Para minha sorte, fui recepcionado por pessoas extremamente boas e acolhedoras. Eu tenho tenado superar a timidez na hora de me comunicar, mas basta uma bola fora e eu me encolho novamente. Minha irmã disse que eu estou me saindo bem para os poucos dias que aqui estou. Sinceramente eu duvido, mas é bom receber elogios pelo esforço praticado, e assim finjo acreditar. Quem sabe seja verdade, mas pouco importa agora. Mesmo assim eu não penso em desistir. Eu quero ver até onde isso vai chegar e preciso acreditar que isso está complicado porque é o começo, fase de adaptação, essas coisas. Apenas o começo.

Bandas que eu quero ver nº1

Arctic Monkeys
Nunca dei um centavo por eles, mas comecei a escutá-los com mais atenção há algum tempo e mudei minha opinião.

Post nº 2

Então... começar um blog não é a tarefa mais fácil, eu acho. "Como conquistar leitores?" é a primeira preocupação, nem que sejam 2 ou 50, afinal de contas, ninguém gosta de escrever para o vácuo. Eu li, reli umas 7 vezes o primeiro post e posso afirmar que é a coisa mais estúpida que eu já escrevi em toda a minha vida. Soa como uma bajulação. Um apelo desesperado por um pouco de atenção, na qual encontro na minha despedida, um pretexto ridículo e sem graça. Mas não vou apagá-lo. Por pior que ele me pareça, é um texto em que eu perdi minutos da minha vida tentando escrevê-lo. Esse tempo, como disse no post anterior, não recuperarei. Portanto, fique lá, agrade e desagrade quem quiser.
Vou manter algumas coisas que coloquei nele, a exemplo de escrever as experiências por qual passarei na desconhecida Doncaster. Espero escrever sobre coisas legais, engraçadas e situações que façam valer o tempo depositado, mas tenho certeza que em determinado momento, vou me deixar ser guiado pela saudade de casa. Nessa hora, poderei ser mais piegas, mais enjoado que no texto passado. Peço desculpas de antemão. Agora, mudando o rumo do texto...

O que dizer de Doncaster?
Sinceramente, eu não faço ideia do que essa cidade tem de bom ou ruim. É pequena, no interior da Inglaterra, numa região chamada South Yorkshire. Tem aproximadamente 60 mil habitantes e pelo que o Street View me mostrou, tem lá o seu charme. A melhor parte é que Liverpool fica apenas 160 km de carro. Isso dá mais ou menos uma hora e meia de viagem. AAAAHHHH. A economia local cresce em média 16% ao ano, sendo considerada uma das cidades mais emergentes do Reino Unido. Eu espero que isso signifique "empregos", para minha irmã e eu.
No inverno, as temperaturas chegaram a marcar 13,5 negativos, o que é frio de renguear cusco, como dizem aqui no Sul. No verão, hahahah tenho que rir, a temperatura média fica em torno de 21 grau. Para quem abomina o verão, como eu, isso é uma excelente notícia.
Culturalmente, eu não sei o que dizer mesmo da cidade. Doncaster irá receber nos próximos dias shows do Judas Priest (17/07) e do Dream Theater (22/07). Mas nem tudo é metal: terá Westlife (30/07)(kuakuakuakua) também. Mas eu tenho esperanças pois o Kaiser Chiefs já tocou na cidade e, como eu já disse, 160 km de Liverpool (AAAAAAHHH).
Bom, to sem saco para continuar esse texto. Vou postando aos poucos qualquer coisa que eu achar interessante. tchau

Dias contados...

Como meus amigos e conhecidos devem estar sabendo, meus dias aqui no Brasil estão contados. Vou finalmente realizar um sonho antigo, mas tão antigo que seria impossível saber quando o tive pela primeira vez. O fato de estar indo embora para a Inglaterra não me deixa excitado como eu esperava. Quem sabe por ainda faltar duas semanas para o embarque. Mas me deixa confuso e tenso, afinal estou indo para um país desconhecido, longe pra caramba, onde se fala uma língua que eu apenas “me defendo”, longe da família e de amigos. As coisas podem dar certo, muito certo… ou podem dar muito errado. Só uma forma de descobrir, e como não sei blefar, pago para ver o que vai acontecer. Se eu me arrepender, paciência. Oportunidades como esta não surgem todos os dias.Este blog vai funcionar como uma válvula de escape, na qual tentarei transformar em palavras, as sensações vividas, as experiências que terei ao morar longe das pessoas a quem sou completamente apegado.

Sair de casa nunca é fácil, mas está na minha hora. Eu sei disso, pois algumas coisa me atormentavam, mas no sentido bom (se é que isso é possível), em tom de alerta e não de forma trágica ou traumatizante. Não. Atormentavam como um despertador que insistia em tocar durante aquele momento introspectivo do banho, onde se escora a cabeça na parede e deixa-se a água quente lavar os pensamentos. Me lembrava que o tempo não parava para eu passar, não perdoava os minutos perdidos e ao fim de tudo, eu não teria acrescimos. Me lembrava também que alguma coisa deveria ser feita, o quanto antes. Essas preocupações também resolvem aparecer naqueles segundos finais do dia, quando se está quase pegando no sono. O motivo é evidente: mesmo gostando demais daqui, eu não tenho perspectica alguma. Tudo parece um improviso, algo que poderia ter passado a muito tempo, mas nunca passou.

É basicamente isso que está me fazendo ir embora. De uma forma ou de outra, eu preciso ampliar os meus horizontes culturais que refletirão na minha vida profissional. Isso é apenas um começo.